29/03/2014

Terça-feira completará 33 anos da grande enchente que arrasou Santa Cruz

Rua Dr. Pedro Medeiros parcialmente destruída pela enchente de 81

Parede do Açude Público de Santa Cruz após a enchente

Funcionária de Campo Redondo que avisou à Santa Cruz do risco que a cidade correria

Em 1º de Abril de 1981, caíram fortes chuvas em toda região, sendo muito intensa a chuva caída em Campo Redondo e arredores, o que colaborou para desembocar no Rio Trairi, rio que corta toda a região e passa dentro de Santa Cruz. Com o forte volume de água, os barreiros e açudes foram enchendo e rompendo, caindo dentro de outros que também se romperam e fez grande volume d'água. O Açude de Santa Cruz, apesar de ter a parede alta, mas não tinha estrutura para suportar o volume e logo se rompeu também. Era a tragédia anunciada pela funcionária de Campo Redondo que de fato se presenciava. 
O cenário era desolador e centenas de famílias perderam total ou parcialmente suas casas; animais, objetos, tudo descia rio Trairí abaixo e assim a cidade vivia os piores momentos de sua história.

Mas, as autoridades não mediram esforços na reconstrução da cidade. O prefeito Dr. Hildebrando Teixeira,  o Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, o governador Lavoisier Maia, o Ministro Mário Andreazza e outras autoridades se empenhavam no apoio das famílias desabrigadas e já projetavam a construção do Conjunto Cônego Monte, que seria o novo local daqueles que perderam seu abrigo.

Santa Cruz aparecia no noticiário nacional e internacional e logo começa a aparecer doações de alimentos, de água, de móveis, de remédio para as pessoas desabrigadas, que não eram poucas. Infelizmente, em meio a tanta calamidade da época, houveram relatos de desvios de parte das doações por alguns políticos influentes e de outras autoridades da época.

Em 25 de junho de 1981, por meio de decreto, o Prefeito Hildebrando Teixeira oficializa o Conjunto Cônego Monte como o novo bairro de Santa Cruz-RN e reconhece o Paraíso como bairro também, pois até então o Paraíso não era oficialmente um bairro, apesar de já ter uma população bem expressiva.

Por José Lucicláudio Bezerra.

Com base em relatos de pessoas antigas e de livros e documentários da época.

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